segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

ELIXIR CONTRA O MAU GOSTO DOS CARROS DE 2009 : Mais belos carros by F1 RACING, OS TOP 15

E para combater a feiura reinante no design dos bólidos de 2009, nada melhor que tomar um elixir de beleza reativando a série MAIS BELOS CARROS BY F1 RACING. Avançando na classificação dos carros mais bonitos, entremos nos TOP 15 com duas beldades da década de 1950 empatadas no décimo quarto lugar. Por incrível que pareça e graças a seus desenhos exclusivos, esses dois carros não podem ganhar o apelido de "charutinhos", vejam porque:


# 14 - LANCIA D50 - 1954/1955

Design: Vittorio Jano
Pilotos: Alberto Ascari, Luigi Villoresi, Louis Chiron, Eugenio Castellotti
Vitórias: 0
Poles: 2
M.volta: 1
Pontos: 9

A equipe criada por Gianni Lancia teve um histórico curioso na Fórmula 1, inicialmente criada para fazer frente à hegemonia acachapante dos poderosos W196 da Mercedes em 1954, foi estrear somente na última corrida do ano, o GP da Espanha. Chegou fazendo barulho é verdade pois na corrida de estréia da Lancia, Alberto Ascari cravou a pole position, mas quebrou durante a prova. Pronta para 1955, a Lancia quebra seus 3 carros na primeira prova do certame, o GP da Argentina. No segundo Gp de 1955, chega a Mônaco e finalmente a Lancia lidera uma prova com todas as chances de debutar em vitórias quando... Alberto Ascari perde o controle de seu D50 e cai no Mediterrâneo. Esta seria a última corrida de Ascari, pois dias após o acidente de Mônaco - no qual sofreu apenas escoriações - ele morre em um acidente automobilístico quando testava uma Ferrari esporte. Após a morte de seu astro principal, a Lancia entra numa profunda crise econômica e disputa somente mais uma corrida em 1955, o GP da Bélgica, antes de oficialmente fechar as portas.

Após o abandono da equipe Lancia, o D50 que deveria ser aposentado devido à falência, curiosamente continuou a fazer história na Fórmula 1 pois foi adquirido pela Ferrari, que na época penava com seus poucos eficientes FERRARI 555, e sob a insígnia do comendador foi batizado de Lancia Ferrari e foi escalado para disputar o campeonato de 1956. E sabe o que ocorreu ? O Lancia Ferrari foi CAMPEÃO MUNDIAL nas mãos de JUAN MANUEL FANGIO, fato que só veio confirmar o real potencial dos carros de Gianni Lancia.

O design do D50 era completamente diferente de tudo aquilo que a Fórmula 1 estava acostumada e com a segunda chance que recebeu da equipe de Maranello, o carro pôde finalmente deixar escrito, com toda justiça, seu nome na história do automobilismo mundial.

Mas como aqui é relatada a história do D50 somente como equipe Lancia, o carro correu apenas 4 GPS obtendo como melhor colocação o segundo posto no GP de Mônaco com Eugenio Castellotti.

Portanto, a história da Lancia é curtíssima mas que ninguém diga que sua passagem relâmpago pela Fórmula 1 foi monótona.



#14 - Vanwall VW57 - 1957/1958

Designer: Frank Costin
Pilotos: Stirling Moss, Tony Brooks, Roy Salvadori, Stuart Lewis-Evans
Vitórias: 9
Poles: 7
M.voltas: 6
Pontos: 105

O magnata industrial TONY VANDERVELL fez sua VANWALL entrar para a história da Fórmula 1 ao vencer o primeiro título de construtores disputado na categoria em 1958, foi também o primeiro triunfo de uma equipe inglesa quebrando, pelo menos no campeonato de marcas, a total hegemonia italiana de Ferrari e Maserati.

O design único e elegante da primeira campeã mundial de construtores idealizado por Frank Costin é considerado o primeiro que levou em conta estudos sérios sobre aerodinâmica, e , por conta disso, a VW57 é considerada pelos grandes aerodinamicistas modernos como a pioneira da geração atual de carros com elevados padrões de downforce. E nunca é demais lembrar, que a preocupação aerodinâmica da Vanwall era realmente única e pioneira porque no final dos anos 1950 o Comendador Ferrari gabava-se que a força de seus carros era proveniente única e exclusivamente de seus possantes motores e a Maserati já agonizava como equipe com a obsolescência de seus carros

Mas o que pudera ter ocorrido então para que a Vanwall de Guy Anthony Vandervell não arrebatasse também o tão sonhado título de pilotos? Uma coisa aconteceu: STIRLING MOSS aconteceu !!! O maior perdedor de títulos da história da Fórmula 1 era o número 1 da equipe inglesa e apesar de ter vencido 4 das 10 corridas reais (onze na verdade, pois uma das corridas era as 500 milhas de Indianápolis que não era disputada por nenhum dos pilotos da Fórmula 1 , apesar de constar no calendário da categoria) do campeonato de 1958 conseguiu a façanha de perder o título para seu compatriota Mike Hawthorn da Ferrari, que vencera apenas uma prova do certame. De todos os títulos perdidos por Moss, esse foi o mais doído não só pela hegemonia esmagadora do número de vitórias que impôs sobre Hawthorn, mas também pelo fato de ter perdido por APENAS UM PONTO e na última corrida, GP de Marrocos.

Triste fim para o VW57, que merecia melhor sorte contra a já acostumada a títulos Ferrari, pois a equipe inglesa construía seus próprios chassis, motores e não produzia carros para outras categorias - mania de quase todas as equipes do grid - e nem carros de série. EM SUMA , A VANWALL ERA UMA AUTÊNTICA EQUIPE DE FÓRMULA 1.