quarta-feira, 17 de setembro de 2008

NOTA 10 !!!


GP da Itália de 2008, uma corrida histórica...
Esgotaria todo o meu cabedal - que nem é muito grande assim - de elogios aos grandes intérpretes de um dos maiores espetáculos automobilísticos que presenciei em minha vida se os quisesse desfilar como loás. O show foi tal que renovou completamente minhas esperanças nesta nova Fórmula 1 recheadas de promissores talentos.
E o campeonato então???
Espetacular... Completamente equilibrado e disputado por duas grandes forças de 2008: uma delas atende pelo nome de LEWIS HAMILTON e tem como características ser um projeto de gênio extremamente arrojado, showman e capaz de qualquer coisa - LÍCITA, que fique bem claro - para chegar ao título... a outra força é Felipe Massa que em 2008 atingiu o auge de sua maturidade e já não é mais o desastrado piloto de outrora, capaz de grandes e arrojados feitos aliados à uma pilotagem mais contida, fria, calculista quando a situação assim o requer.
E no meio dessas duas feras, surge um alemão moleque, guri de apenas 21 anos, que ousa desafiar a tudo e a todos com um carro modesto, repleto de limitações e no circuito mais veloz do campeonato, verdadeiro templo do automobilismo. Bastou São Pedro mandar um aguaceiro, situação que nivela carros e desnivela (para o bem do espetáculo) os pilotos (pois é a situação ideal para quem tem carro ruim mostrar "braço"), que SEBASTIAN VETTEL pega um mirrado - porém valente - TORO ROSSO ( ex-minardi, a carroça-mor de tempos recentes da Fórmula 1 ) e crava uma improvável pole-position... - Ah, mas na corrida ele cai lá para trás, disseram muitos. E eis que começa a prova, e o alemãozinho insolente dispara na frente deixando para trás a potente Mclaren de Cocovalainen, ops, Kovalainen ( como é ruim esse finlandês, a corrida era dele... ) e todos os demais que se engalfinhavam em disputadíssimas batalhas por posições intermediárias. O alemão-moleque pilotou com toda a propriedade de quem guia uma Ferrari ou uma Flecha Cromada - de prata ela foi no passado - à bordo de seu touro rampante sem tomar conhecimento das péssimas condições da pista, sem cometer erros e sem deixar-se desconcentrar pela ansiedade gerada pelo titânico feito que estava prestes a alcançar - nesse último quesito seu sangue teutônico o auxilou muito. E não é que o moleque serelepe cavalgou incólume para o cume do pódio arrebatando suspiros dos fãs, despertando a cobiça dos homens-cifrão e ganhando a admiração de seus próprios colegas de trabalho.

SEBASTIAN VETTEL, CANDIDATO A PILOTAÇO, FOI O GIGANTE DE MONZA.

Antes de terminar meu post pós-Gp da Itália, seria injustiça não dedicar algum destaque ao FENOMENAL LEWIS HAMILTON, o inglesinho é mesmo a mais nova sensação da Fórmula 1, em Monza soube nos brindar inúmeras vezes com seu enorme talento sob condições desfavoráveis, foi um show de ultrapassagens ousadas e espetaculares. ENFIM, A FÓRMULA 1 DEPOIS DE UM HIATO DE MAIS DE DEZ ANOS, TEM UM NOVO SHOWMAN!!!

Meus caros, como estou feliz e de alma lavada, enfim a Fórmula 1 - depois de tantos escândalos - teve uma corrida linda, repleta de automobilismo puro, em uma frase: UMA CORRIDA NOTA DEZ !!!!!!!!!!